sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Para Além Do Prazer...



Os nossos corpos além do desejo,
Os nossos lábios que tocam a pele quente e arrepiada,
As nossas mãoes que exploram pontos sensiveis,
Caricias quentes que me levam ao delirio...
Bocas que sussuram,
Lábios que se beijam apaixonadamente,
Linguas que se envolvem, arrastando suspiros...
Eu e Tu ... numa paixão envolvente!
Um desejo que nasce dentro de nós,
Que se apodera da pele.
Um desejo que entorpece,
Levando os nossos pensamentos,
Para um lugar distante...
Uma doce pele suada,
Um "gosto de ti" na Boca,
Um querer estar presente,
Mesmo estando ausente...
Um toque de Amor suave,
A vontade louca de Te sentir...
O desejo inebriante do Teu toque...
As mãos que buscam o teu corpo,
Perdido entre os lençois...
O Corpo que treme,
A voz que geme, grita...
E finalmente,
Os Nossos Corpos saciados de prazer!...

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Amo-te!



Ter - te nos meus pensamentos e sonhos…
Viver contigo momentos que só existem em mim…
Imaginar na minha mente o calor do teu corpo,
O toque da tua pele,
o carinho do teu beijo…
sem nunca tê-los!
Inventar motivos para tocar os teus cabelos
E imaginar assim,
As minhas mãos entrelaçadas neles,
Trazendo lentamente
A tua boca até à minha...
Explode com todo o amor,
Com o mesmo frio na espinha,
Porém solitária…
Simples assim…
É como admirar uma bela escultura e não poder tocá-la!
Amor não correspondido…
A felicidade no inicio…
A desilusão no meio…
E, a grande tristeza no fim...

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Contigo… eu sou Feliz!



Num gesto presente
Os meus olhos pousam em ti.
Recordam o beijo inocente
Que, em segredo, te pedi.
Beijo que não se perde
E de distúrbios se afasta,
Porque o verdadeiro sentimento,
Em nós, nunca se apaga…

Contigo sonho,
E na noite me perco.
Sinto a ternura ardente
Em cada teu gesto...
Gesto que recordo
A cada ausência tua,
Porque á noite, eu sozinha
Olho o Céu e vejo a Lua!

Penso em ti,
E em cada momento nosso.
Lembro as passagens na praia,
Cada olhar no teu rosto.
Rosto que hoje vislumbro,
Porque a distancia não o levou
Sinto a dor de não te ter
O quanto a minha vida mudou!

Mas contigo eu sou Feliz,
Porque o divino não sobejo.
Cada momento, cada gesto,
Cada olhar, cada teu beijo.
Recordo tudo
E sei que nada esquecerei
Porque os momentos contigo
Foram os melhores que passei!

Contigo, fui e sou Feliz…!

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Noite...



É noite,
Caminho sem rumo,
Até onde eu quero ir.
Sozinha nesta rua,
Onde a noite é clara,
Onde a chuva não cai,
Onde as estrelas teimam brilhar,
Noite linda, noite de Luar!
De cabelos ao vento
Por aqui, me deixo ir…
Sozinha e sem medo,
Esperando um gesto,
Que poderá de ti vir…
Mas o gesto não vem
E eu a ti não chego…
Continuo,
Destemida e sem medo…
Porque a ti quero chagar,
Nesta noite de Luar!
Olho o céu,
Vejo as estrelas…
E uma desperta a minha atenção.
Será a minha?
Aquela que sempre me acompanha?
A das noites na praia?
Será?
Ela está longe,
E hoje brilha ainda mais…
Terá algo para mim?
Eu caminho,
Caminho na sua direcção…
Ando, ando, ando
E de tanto andar não estou cansada…
Ela acompanha meus passos
E em cada avanço meu
Há um brilhozinho mais no céu…
Seguimos,
Uma sobre a outra,
Eu na terra,
Ela no alto dos céus…
Mas de repente,
Ela parece não mais querer seguir-me…
Será um sinal?
Será ali o final do meu caminho?
Terei mesmo de parar aqui?
Ela brilha agora como nunca…
Em pleno céu,
Em plena noite…
E eu agora nas areias da praia,
Vejo um vulto…
Vulto que de mim se aproxima,
E na minha frente se coloca…
Ambos olhamos o céu…
A estrela olha para nós…
Ela cintilantemente brilha,
Brilha como nunca…
E nós olhamo-nos,
Os nossos olhos sentem a magia
Magia que se transforma.
São doces momentos
Que apelam á união dos nossos lábios…
E neste gesto,
Ambos sentimos o doce mensagem
Que aquela, agora nossa estrela,
Tinha para nos dar:
Um beijo quente,
Um abraço aconchegante,
Um doce, muito doce olhar!
Tudo nesta noite, noite de Luar!

terça-feira, 31 de outubro de 2006

O beijo que não me deste...


Não sei,
Não sei onde estás…
E eu aqui,
Em tenras areais,
Me lembro de ti…

Olho o mar
E te imagino chegar,
Mas tu não vens…
As águas passam
E delas nem um sinal teu…

Onde estás tu?
Porque não estás aqui?
E eu espero,
Eu espero por ti…

De repente,
Fecho os olhos.
Sinto um vento frio
Tocando meu rosto…
Imagino teus lábios
Beijando-me a face…

Mas não,
De ilusão não passa
Porque abrindo os olhos
Tu não estás aqui
E o teu beijo eu não sinto…
Foi simplesmente uma brisa
Aquela que passou,
E não mais voltará…

Porquê?
Porque é que tu não estás aqui?
Mas eu espero,
Eu espero por ti…

sábado, 21 de outubro de 2006

Quero ver-te chegar...


A noite cai.
O sol põe-se,
Eu não te vejo,
Não te vejo chegar…
Por entre a transparência
Da janela do meu quarto
Que agora, aberta está,
Esperando, sinais de ti, me dar.
Mas tu não chegas,
E dela, nada vem.
Eu desespero,
E olhando firmemente,
Me fixo no longe e eterno além.
Esperando sinais,
Sem saber se virão.
Mas, na esperança de os ter,
Aqui permaneço,
Nesta noite,
Noite que agora começa
E tardiamente findará.
Eu espero por ti,
Pelo teu chegar.
Mas tu não chegas,
E eu não te vejo…
Mergulho na aflição,
E o meu corpo arrefece.
Sou invadida por um sopro frio
Que me sobe pela espinha…
Os meus olhos não se desviam,
E fixados na janela
Não te vêm chegar…
Há horas que aqui estou,
E aqui continuarei,
Porque te quero ver,
Quero ver-te chegar…

terça-feira, 17 de outubro de 2006

"Eu não sei quem te perdeu..."

Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".

E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.

E uma asa voa

A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

Abraçou-me

Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu,


Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.
E uma asa voa

A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu…

Pedro Abrunhosa


A música é para mim algo que me acompanha dia a dia, hora a hora, instante a instante, em momentos de alegria, em momentos de tristeza, uma espécie de confidente quando para isto não tenho por perto alguém que me possa escutar…
Esta é, sem dúvida, uma das letras que mais me marca muito pela mensagem que intensamente me transmite. Associo-a a palavras como “perda” ou “partida” de alguém. Alguém que fisicamente se vai da minha vida. E eu que ultimamente escrevo bastante sobre a ausência das pessoas que me são especiais, sinto cada vez mais que a distância dessas mesmas pessoas se torna também ela cada vez mais forte e forçosamente intensa ao ponto de me fazer realçar mais ainda a importância e o assumido valor que elas têm para mim, em cada momento da minha vida. Por isto, o meu verdadeiro amigo sabe que em qualquer instante, em cada momento, em cada circunstância, o mais pequeno que seja o espaço de tempo, eu estarei com ele, porque um dia ele pode partir e posteriormente voltar… Nessa altura eu estarei aqui para o receber de braços abertos, para o abraçar… porque para o verdadeiro amigo não preciso de marcar hora, nem momento… ele vem e eu receberei a sua amizade como recebo todos os dias os carinhos das pessoas que me são muito, muito especiais. Ele sabe isso e sabe também que sou talvez um Ser capaz de o surpreender em momentos que ele menos espera, em momentos que posso sentir que devo estar mais perto fisicamente dele, porque um amigo na verdade nunca está longe de mim. A sua essência acompanha-me sempre.
Por vezes, quando o meu amigo não se encontra fisicamente presente a meu lado sinto a necessidade de me deslocar até ele. Preciso de estar com ele. Até hoje já várias vezes acordei durante a noite e fui até junto de pessoas que me são deveras muito especiais, algumas das quais hoje já não tenho nem poderei mais ter fisicamente presentes na minha vida. Mas sei que estas pessoas ficaram felizes pelo meu gesto, gesto que considero ser capaz de ter com qualquer amigo especial que surja na minha vida. Tudo porque para mim, a amizade é uma das maravilhas mais maravilhosas que maravilhosamente tenho na minha vida, a par de várias outras maravilhas que também vão surgindo para mim, como o verdadeiro Amor que talvez já tenha tido, mas que não nego poder voltar a ter. O amigo é para mim muito, muito, mesmo muito… e como sempre digo: ele é parte da minha Felicidade…
Parece-me deveras importante reflectir sobre este belo conceito de amizade… sobre esta, para mim, sempre eterna maravilha…

domingo, 15 de outubro de 2006

Filha de peixe sabe nadar...

Nada depressa, pedala depressa e corre também da mesma forma. É a nossa menina Vanessa Fernandes, filha do ciclista Venceslau Fernandes. Atlata do Sport Lisboa e Benfica, Vanessa á uma triatleta cheia de garra e força.

Se um dia fomos Portugueses capazes de colocar a Bandeira Nacional nas nossas janelas porque não podemos agora voltar a fazê-lo durante as manifestações de alegria que esta ainda jovem atleta nos dá? ... Afinal ela é também nossa Campeã...

Bem palavras para quê?... As imagens valem sempre muito mais, se não vejamos...;)

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quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Aprender a Amar...



“Os ventos que por vezes nos tiram algo que amamos são os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar. Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi tirado mas sim, aprender a amar o que nos foi dado, pois aquilo que é verdadeiramente nosso, nunca se vai para sempre… “

Até hoje, já várias vezes senti a necessidade de fazer passar esta mensagem a um amigo, a um colega, a um familiar… e na verdade, também já várias vezes, em momentos menos fáceis da minha vida, também a fiz passar a mim mesma. Aliás, penso que para sermos Seres capazes de passar este tipo de pensamentos, a qualquer pessoa que seja, temos de antes compreender aquilo que por de traz do mesmo está. E quando se trata de questões de carácter mais sensível, devemos saber escolher o momento correcto ou mais propício e a forma mais decente para pronunciar ou manifestar tais mensagens.
Já tive alguns momentos de perda na minha vida… momentos em que sofri muito, momentos em que pensei o porquê de tudo aquilo, momentos em que me tentei apoiar e apoiar as pessoas que nas mesmas circunstâncias também sofreram. Hoje penso nestas coisas e apenas quero ter a certeza de que tudo o que fiz em tais momentos me ajudou a superar a fase menos boa por que passava, e que também ajudei os outros. Quem me conhece sabe que à coisa de ano e meio “perdi” alguém que na verdade muito amei, alguém que muito fez para conquistar o meu amor, alguém que aprendi a amar, alguém sempre muito especial para mim. Inocentemente perdi essa pessoa, mas hoje sei que apenas a não tenho comigo fisicamente, porque na verdade penso nela todos os dias, varias vezes e trago-a no coração, porque “aquilo que é verdadeiramente nosso, nunca se vai para sempre… “, nunca se vai de nós, nunca se vai da nossa vida. Na altura sofri, sofri muito, chorei, chorei muito… mas sei que não fui a única pessoa… outras também sofreram e naquele momento, e para me ajudar a mim, preferi apoiar essas pessoas, preferi estar com elas em cada momento, preferi escutar a dor delas, porque isto fazia aliviar a minha. Naquele momento apenas quis pensar que era uma fase superável, uma fase que abriria outras portas, uma fase que me colocava à prova e testava a minha dor e sofrimento. E na verdade, a forte e intensa vontade que na altura tive para ajudar as pessoas a superar tal fase foi também a mesma que me ensinou a ser mais forte, a ser mais autónoma, a crescer enquanto pessoa… e como me dizem algumas pessoas com quem hoje falo e que na altura também sofreram bastante, pessoas minhas amigas, aquela foi também a fase em que eles compreenderam e notaram a enorme força que tenho e principalmente o espírito de apoio e atenção que sei dar. Hoje estou perfeitamente consciente das alterações que aquele acontecimento teve na minha vida. Falo com pessoas amigas sobre o acontecido e sinto que tudo aquilo me ajuda ainda mais. Alguns amigos que me consideram fisicamente bastante sensível não compreendem como consigo ser tão forte e vencer estes momentos de forma natural. Mas sobre isto apenas sei dizer que não ultrapasso estes momentos completamente sozinha, as pessoas estão comigo e de uma forma ou de outra conseguem aliviar a minha dor e o facto de nesses momentos eu as tentar também ajudar é como que de uma forma ou de outra consigamos recuperar aquilo ou quem “perdemos” (fisicamente). Por isto, penso que se torna cada vez mais importante colocar esta mensagem na boca, transmiti-la aos outros e a nós mesmos. Eu já fiz isto e hoje sinto que muito me ajudei e auxiliei os outros. Eu acredito que os ventos, os momentos, os acontecimentos e as circunstâncias que por vezes nos “tiram” algo ou alguém que amamos são os mesmos ou mesmas que nos trazem algo ou alguém que aprendemos a amar. “Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi “tirado” mas sim, aprender a amar o que nos foi dado, pois aquilo que é verdadeiramente nosso, nunca se vai para sempre… “.
Penso importante reflectir sobre esta mensagem e sempre que possível, fazer dela, uma mensagem nossa e utiliza-la enquanto auxilio e apoio para alguém em momentos de necessidade, em momentos como os que eu tive, porque isto nos fará sentirmo-nos pessoas capazes de ajudar… pessoas úteis… porque isto também nos ajuda a nós mesmos…



segunda-feira, 9 de outubro de 2006

O Rio Minho cria sentimentos únicos…


Rio Minho,
Rio adorado,
É sentimento único,
Aquele por ti criado…

Encontro-me aqui,
Sentada nas tuas margens,
Ó Rio Minho,
E estou a escrever.
Faço-o
Porque tu m’o fazes fazer…
Escrevo o que sinto,
E o que sinto
É simplesmente simples
E ao mesmo tempo complexo:
Encaixa na complexidade.
É inexplicável, mas saudável.
É sentimento único,
Nunca antes,
Por mim, sentido…

Na tua nascente
Está o meu nascer
E nas tuas aguas transparentes
Vislumbro o incentivo para viver!

As tuas águas, ó Rio Minho,
São, para meu físico,
Sinonimo de devoção
E para a minha alma
São símbolo de purificação…

Na tua presença, ó Rio Minho,
Não há tristeza nem solidão.
Há antes um forte e vibratório
Sentimento de emoção…

As tuas águas correm depressa.
Da mesma forma corre o tempo.
É tarde!
Preciso partir!
No entanto, só o farei
Depois de determinadas palavras
Te dirigir:
Só tu, ó Rio Minho,
Despertas, em todo o Ser,
O querer e o desejo eterno
De a teu lado permanecer…

És único,
E é também assim
O sentimento
Que em mim vagueia,
Todo o momento:
Na chagada,
Na permanência
Na despedida,
Enfim, sempre que estou à tua beira! …

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Simplesmente Sonhei...

Sonhei…
Esta noite sonhei…
Sonhei…
Que o mundo é perfeito,
Que o sol brilha todos os dias,
Que as crianças brincam num jardim de praça.
Esta noite sonhei…
Sonhei…
Que não existe sofrimento, nem dor,
Que o ódio se foi, sem marcas deixar,
Que, a desilusão, de uma palavra não passa.
Esta noite sonhei…
Sonhei…
Que o amor voava nas asas de uma andorinha,
Entre nuvens dispersas, por cima do mar.
Esta noite sonhei…
Sonhei…
E vi o que não vejo,
Pois um sonho é mesmo assim:
Somos transportados para um outro mundo
E nele divagamos até nos perdermos.
Depois acordamos e ao nosso voltamos.
Esta noite sonhei…
Sonhei…
Simplesmente sonhei…


terça-feira, 3 de outubro de 2006

O Amor surge de momentos assim…

É já de manhã e eu estou acordada.
Olho para a janela e dela me aproximo.
Por entre os vidros transparentes,
Vislumbro as gotas que caiem do Céu.
Lentamente, elas acariciam o chão,
Como se um beijo lhe dessem.
Denoto a relação do Céu e da Terra,
Aquela que o Amor já mais quererá que cesse.
O Amor presente, mas sempre distante.
O Amor do sempre e eterno instante…
E no além, por entre as manchas cinzentas,
Um aproximar apaixonante se faz notar:
O de dois Seres que em tenras areias,
A noite, decidiram passar.
Agora mais perto, e ainda mais de mim,
Seus olhos brilham radiantemente,
Transmitindo a ternura de um amor ardente
Que na noite surgiu e não mais terá fim.
O Amor surge de momentos assim…

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Fica e vai sempre alguma coisa...



“Cada um que passa em nossa vida,
Passa sozinho...
Porque cada pessoa é única para nós,
E nenhuma substitui a outra...
Cada um que passa em nossa vida,
Passa sozinho,
Mas não vai só...
Cada um que passa em nossa vida,
Leva um pouco de nós mesmos,
E deixa-nos um pouco de si mesmo...
Há os que levam muito,
Mas não há os que não levam nada...
Há os que deixam muito,
Mas não há os que não deixam nada...
Esta é a mais bela realidade da vida.
A prova tremenda da importância de cada um,
É que ninguém se aproxima do outro por acaso.“

Antoine de Saint-Exupéry



Tenho intensamente presente no meu pensamento esta bela mensagem de Antoine de Saint-Exupéry. Até hoje, várias vezes a escutei e também pronunciei, porque me identifico com a mesma e porque também ela faz parte de mim, e da minha vida.
Enquanto Seres singulares e particulares que somos sabemos que não existem pessoas iguais, com características pessoais totalmente semelhantes. Somos pessoas diferentes, quanto mais não seja, num único aspecto.
Ás vezes deparo-me ou sou questionada acerca da pessoa que considero mais importante para mim… eu não iria por aqui… para mim, cada pessoa tem a sua importância, independentemente daquilo que nos é. Hoje sei que sou capaz de fazer muito e muito mesmo por um familiar, por um amigo ou mesmo por alguém que ame no verdadeiro sentido da palavra… não optaria por dizer que este é mais importante do que aquele, mas sim que este me marca desta forma e aquele me marca de uma outra forma, mas que ambos são importantes independentemente da forma que o sejam.
Enquanto Seres sociais e conviventes que somos sabemos que de dia para dia podemos “sofrer abandonos” da parte de alguém que por momentos esteve na nossa vida. Vejamos o exemplo de colegas de turma: são pessoas que estão connosco e que nos acompanham no nosso percurso escolar. Um dia sabemos que o deixaram de ser, e vão-se do nosso mundo social, por razões adversas, mas na verdade, nunca se vão da nossa vida, porque de uma forma ou outra, elas marcam-nos e deixam em nós parte deles mesmos. Momentos bons, outros menos agradáveis, partilhas de instantes e muitas mais coisas, são aspectos que nunca deixaram que qualquer pessoa passe na nossa vida e nela não deixe nada. Fica sempre algo… um gesto, um sorriso, um simples olhar, uma mensagem… ficamos sempre com algo dessa pessoa, mesmo que seja algo menos positivo, algo que nos cabe tentar superar.
Todas as pessoas são única e exclusivamente elas mesmas e não existe sequer a possibilidade de serem substituíveis. Na nossa vida, “cada um que passa… passa sozinho”, porque para nós mesmos essa pessoa é única e não existe um Ser que lhe é igual, um Ser capaz de a substituir. Esse mesmo Ser que nos marca, quando parte, fisicamente, da nossa vida, nunca vai só e não deixa apenas marcas, pois também as leva. Ele leva parte de nós e deixa, em nós, parte de si mesmo. Uns levam mais e deixam também muito, mas existem também aqueles que levam pouco e os que não deixam quase nada, mas não existe aquele Ser que não leve e não deixe nada. Fica e vai sempre alguma coisa….
Penso importante reflectir sobre esta mensagem. Mostrem o que pensam em relação à mesma….

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Testemunho de um Amor…


Por entre as ondas do mar,
Uma forte luz se aproxima.
São sinais de um longe,
Quem em lentos movimentos,
Das areias, eu vislumbro…
Sozinha e sem medos,
Nesta noite em que tudo é claro…
Noite em que tudo olha para mim:
As estrelas, talvez uma em particular,
A lua, com tudo para me dar,
O lindo céu, esperando clarear,
As águas que a luz vão trazendo,
E as areias, companheiras do ontem
Do hoje e do sempre e eterno amanha.
E porque não quero partir,
Aqui permaneço,
Até não mais querer aqui estar.

A luz agora mais perto,
Parece multiplicar-se e não vir só.
Os movimentos que se vislumbram
Fazem adivinhar dois vultos,
Que a mesma luz acompanham…

Bem perto, agora, das areias
Confirmo a multiplicação da luz,
Que em torno de um navio
Iluminava o seu mesmo conteúdo:
Dois amantes sem fim,
Que saindo do navio,
Se aproximam de mim…
E eu sem nada,
Nem mesmo temendo,
Olho recatadamente e sem loucuras,
Escrevo, escrevo o que sinto…
Eles amam-se e não o perguntei.
Eu mesma, assim o vi…
Porque o amor deles é transparente,
E deles passava para mim.
Nesta noite iluminada duplamente,
O Amor foi, é e será sempre assim…

O meu regresso…



Voltei…

Depois de mais ou menos dois meses de ausência e de participação não activa nesta minha página, voltei ainda com mais vontade de a enriquecer…

Desde já, deixo aqui os meus pedidos de desculpas para todas aquelas pessoas que frequentemente eram e são leitoras atentas dos meus textos.

As férias, obrigaram-me, por assim dizer, à tal participação não activa que anteriormente referi, mas não deixei de escrever durante esse período. Bem pelo contrario: escrevi bastante. Agora, e com o tempo, terei certamente oportunidade para aqui publicar o meu trabalho de Férias…

Mais uma vez, deixo aqui o meu Muito Obrigado ás pessoas que durante esta minha ausência não deixaram de visitar parte de mim, o mesmo é dizer, o meu Blog…

Obrigado Amigos…;)

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Quem sou eu?


Boa pergunta esta. Por vezes nem eu sei quem sou;)

Vou tentar ser clara. Ou melhor, mais do que o que sou, não posso ser;)

(Parece que começo mal)

Bem. É sempre difícil falarmos de nós mesmos. Sempre achei melhor serem as pessoas que nos conhecem a fazê-lo, mas tudo bem, vou tentar;)

Nome: Rita Sofia. Sempre mostrei preferência pelo meu 2º nome, ou não estivesse ele intimamente relacionado com a minha grande paixão, a poesia, claro. No entanto, raras, raríssimas são as pessoas que me chamam Sofia. Preferem Rita ou Ritinha. Não sei porquê mas deve ser talvez por ser mesmo este o meu primeiro nome, ou então não passa de uma simples homenagem à indecisão dos meus pais, afinal, já eu estava fora do ventre da minha mãe e eles nem tinham escolhido o meu nome. Hummm, talvez seja isto. Não, não sei. Enfim, tenho dois nomes lindos;)

Data de nascimento: acho que sou uma felizarda;) sou uma “peixinha”, nascida a 5 de Março de 1986. Pois, parece que já conto 20 primaveras. O tempo passa mesmo;) Mas os meus pais ver-me-ão sempre como uma bebé;)
Imagem física: cabelos loiros, até demais;) tenho olhos azuis clarinhos, cor do mar. são como uma arma. Já me disseram que são azuis, por vezes verdes, cinzentos e até já houve quem os visse como vermelhos. Eu vejo-os como azuis clarinhos. Não sou alta, mas também não sou muito baixinha. Digamos que sou uma pessoa de estatura media (por volta de 1,60cm). Chego onde chegam os grandes;) também não sou gorda nem magra. Considero-me um pouco forte (por volta de 65 kg). Tenho pele clara e sou uma pessoa super simples e natural.

Imagem psicológica: esta é aquela que mais valorizo em mim, e acima de tudo, nos outros. Sou uma pessoa muito calma, em todos os aspectos. Amiga, muito amiga das pessoas que adoro.
Tenho de concordar com os meus amigos e dizer que sou tímida, talvez demais.
Sou uma pessoa muito compreensiva, atenta e observadora.
Sou muito sincera, aliás, mais não posso ser. Procuro sempre ser o mais verdadeira possível. Adoro escutar as pessoas, dar-lhes conselhos ou mostrar o meu ponto de vista acerca das diversas sugestões.
Sou muito realista, vejo as coisas tal como são.
Ao mesmo tempo sou também sonhadora, típico dos peixinhos.
Detesto pessoas falsas, mentirosas e sem objectivos na vida. Gosto de falar, mas mai ainda escutar. Acho que esta é uma das melhores formas de conhecer as pessoas.
Considero-me muito sensível. Muito sentimentalista e romântica. dizem que sou uma lutadora.
Enfim, os meus amigos dizem que sou “uma caixinha de surpresas”. Cabe a vocês descobrir ou confirmar;)

Família: sem duvida, um dos meus maiores tesouros. Estão comigo em tudo e para tudo, onde estou e para onde vou;)

Defeitos e qualidades: a esta não respondo. Não, não estou a fugir aos defeitos. De certo também os tenho. Todos os temos. Mas neste aspecto, acho que as pessoas que nos conhecem são as mais indicadas para os enumerar. Acredito que não seja uma pessoa muito “defeituosa”, afinal aquilo que as pessoas podem ver em mim como defeito, é sempre um ponto de partida para eu mesma melhorar. Por outro lado, esta coisa de defeitos e qualidades é um tanto ao quanto subjectiva: o que pode ser defeito para uns, pode ser qualidade para outros e vice-versa. Qualidades? Também tenho, acho eu;) muito compreensiva, acima de tudo. O resto descubram!

Cor preferida: azul, azul azul azul e mais azul. Adoro a cor azul. Sempre escutei dizer que o azul acalma e traz clareza mental, tranquilidade, fidelidade, criatividade, paciência, compreensão, segurança, afectuosidade, alegria e paz de espírito. Para mim simboliza a sinceridade, a lealdade, a devoção, a fé. Adoro esta cor, que é a do mar, a dos meus olhos;)
Também gosto muito do verde que para mim simboliza a esperança, por exemplo num mundo mais justo, menos materialista e mais atento. E mais, afinal é a cor do meu assumido Sporting;)
Adoro cores vivas.

Os tesouros da minha vida: sem dúvida, a família, os amigos, a poesia e claro, o grande amor da minha vida. Quando aos amigos, eu não escolho os meus… são eles que me conquistam.

Carreira profissional: bem, acabei o 2º ano da Licenciatura em Professores do Ensino Básico. Espero terminar o cursito no menos tempo possível, claro;) Não digo que quero ser professora primária. Prefiro dizer que quero fazer uma especialização na área do Ensino Especial. Talvez seja a minha prioridade a nível profissional. Simultaneamente, espero conseguir continuar na área da escrita como sempre tenho feito, desde os meus 12 aninhos até hoje. No fundo, seja eu professora primária, seja professora de ensino especial, quero continuar a escrever;)

Cultura: muito há a dizer nesta área, mas tentarei, resumidamente, mostrar as minhas preferências. Como adoro escrever, adoro também ler. Os romances, principalmente, são obras que não dispenso na mesinha de cabeceira ou na minha estante. Até hoje, já li vários livros, desde aqueles que nos são propostos durante os estudos até outros sugeridos, ou mesmo outros que fui encontrando e que me despertaram particular interesse. De entre as minhas preferências, é difícil escolher, mas talvez “as palavras que nunca te direi”, “Os maias”, “Como água para chocolate”, sejam algumas delas. As minhas próximas leituras talvez sejam as de obras que me aconselharam: “código da Vinci” e “As leis do amor”. Para alem destes, adoro tudo o que é livro de poesia. Sou aficionada da poesia de Fernando Pessoa e das suas diversas “almas”, para além de outros poetas ou até poetisa.
No que ao cinema diz respeito… adoro filmes românticos. Sou uma romântica persistente. Chorei quando vi o “Titanic”. Adorei ver “Pearl harbour”. Sou pessoa de ver um bom filme.
O teatro apresenta-se na minha vida como mais uma paixão. Sempre gostei de assistir a peças de teatro e mais recentemente passei a participar também. É, sem dúvida, uma experiência enriquecedora.
Quando ao desporto… gostava de ter mais tempo para ele. Sempre adorei futebol. Jogar ou apenas ver, sempre foi uma paixão. Também gosto muito de basquetebol. Penso que já não jogo desde os meus tempos do desporto escolar. Adoro atletismos ou mesmo simples caminhadas. Adoro desporto;)
Acho que havia ainda muito a dizer, mas não posso ser muito extensa. Descubram vocês!

Socialização: bem, sou uma pessoa sociável. Adoro conhecer pessoas, fazer novos amigos, partilhar conhecimentos, e muito mais.
Não posso dizer que tenho muitos amigos. Na verdade tenho poucos, mas até hoje, o suficiente para ser feliz;) sou uma pessoa apaixonada pelos lindos seres que me fazem bem, que me fazem feliz;)
Na verdade, também não dispenso os meus momentos de isolamento e, para mim, nada melhor que o ambiente da praia para me sentir bem, reflectir… adoro estar na pria à noite, sozinha ou acompanhada…adoro, adoro, adoro….
Bem, não me alargo mais. Tudo isto apenas SOU EU… Amo ser EU.

Se quiserem saber algo mais sobre mim, dou-vos um conselho: partilhem comigo as vossas ideias ou opiniões sobre os posts que aqui apresento. Partilhem comigo. Afinal é no dar e receber que construímos a nossa felicidade e a dos outros. E quando falo em dar e receber, não tem de ser necessariamente algo concreto. Por vezes um simples gesto basta. …;) sejam felizes…;)

(Esta espécie de “autobiografia” surgiu como sugestão de várias pessoas , e eu resolvi fazê-lo) ;)



terça-feira, 25 de julho de 2006

Vivamos e “sejamos" o presente….

“Existe sempre no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto ou no meio das grandes cidades. E quando essas pessoas se cruzam e os seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância., e só existe aquele momento e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do Sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gémea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros debaixo do Sol. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana.” in "O Alquimista"


Que poderei eu mais dizer ou acrescentar?... Este excerto retirado da obra “O Alquimista” da autoria de Paulo Coelho mostra, sem dúvida, o verdadeiro sentido ou valor que deveras devemos sempre dar ao momento presente, ao momento que hoje vivemos…
Já demonstrei em vários textos ou mesmos poemas deste meu “cantinho da escrita”, a minha forte e intensa devoção pela vida, pelo momento presente e falando heteronimamente pelo Carpe Diem que tanto valorizo e que li, proveniente de uma das “almas” de Fernando Pessoa. Refiro-me, claro está, a Ricardo Reis, seu heterónimo.
Todo o Ser Humano espera um outro que o faça feliz e isto acontece em qualquer parte. Por vezes entre becos, outras, por entre multidões ou desertos inerentes, ou multidões, mas que existe esse alguém, ele existe e mais tarde ou mais cedo acaba por se deparar ou nos presentear, entrando nas nossas vidas. Quando isto acontece, e a partir deste momento importa única e exclusivamente o que anteriormente referi; viver o presente. Não nos deixemos lamentar pelo passado nem ansiar pelo futuro desejado. Vivamos o presente!...
E este momento presente deve ser marcado apenas pela única certeza de que o ser pode Ser portador: tudo o que se encontra debaixo da luz luminosa foi escrito e plantado pela mesma mão, aquela capaz de despertar sentimentos de ordem elevada, sentimentos indescritíveis, sentimentos de amor e impulsionadora da “criação” de uma alma gémea para todo o Ser que procura sem cessar, tesouros debaixo do sol.
Se assim não fosse, e como nos refere Paulo Coelho, os sonhos que hoje temos não teriam qualquer sentido, não seriam justificáveis, pois para eles não existiriam teses que os reforçassem e tornassem imutáveis … e impróprios de uma vida …

domingo, 23 de julho de 2006



Perdida na noite … ou talvez não …


Saio porta fora,
E não penso em nada.
Vou eu e o silencio,
Pela mesma estrada…
Vagueando na noite,
Me sinto sem medo.
Olhando o luar,
Vejo que ainda é cedo…
Não sei onde vou,
Nem ao que quero ir.
Agora sozinha,
Eu quero seguir…
Deixando o silencio,
Sigo pela estrada.
Quero ir,
Sem pensar,
Sem pensar em nada…
A noite está calma,
O luar é lindo…
Olhando as estrelas
Eu vou…
E vou sorrindo…
Sumindo na estrada,
Não sei onde vou…
Olho de lado a lado,
Não conheço nada.
Sinto-me perdida,
Mas não desesperada…
Oiço murmúrios
De algo suave…
Não sei de onde vem,
Nem para onde vão…
Mas com eles vou,
Na mesma direcção…
Serão coisas do além
Que a mim me seguem?
Não, não tenho medo…
Ando agora mais calmamente
Em terreno mais ameno.
Sinto as areias
Tocarem nos meus dedos
Sim, estou na praia,
Sem ninguém e sem medos…
Cansada de andar,
Na areia me sento…
Vejo a agua,
Vejo o luar,
As estrelas,
O que a noite tem para me dar…
Sei agora onde estou,
Onde sempre quis estar,
Encontrada na noite,
Eu estou a pensar…
Penso em mim,
Penso em ti,
Penso em nós,
Na praia, ao luar…

Sei onde estou,
Estou onde sempre quis estar…!



sábado, 22 de julho de 2006

Saudade...


Bela palavra esta … também eu a sinto … reflexo disso é o meu próprio blog. Afinal penso que os textos, reflexões ou poemas aqui presentes são precisamente uma espécie de recordação, saudade de algo que já vivi ou mesmo imaginei viver. Um livro que já li, uma momento que já partilhei, um debate que vi e lembrei, etc. … enfim … eu sou saudade. Nos meus momentos de reflexão sinto cada ocasião, cada situação de saudade como se ainda hoje a estivesse a viver e sei que isto acontece porque os momentos verdadeiramente especiais não se esquecem, mas vivemo-los de forma intensa sempre que os lembramos. Eu não sou excepção … vivo-os também e partilho-os porque vejo na partilha precisamente isso – uma forma de os viver intensamente …

Saudade ...
Sim, sintu-a.
Mais no presente
Do que no passado,
Mas sempre Saudade
Desse momento que já não vivo …

Interessa o presente
E dele me construo,
Mas recordo o passado
Que, para mim, não foi perdido …
Muito menos … esquecido!

Vivamos cada momento do presente, mas não pensemos nunca que o passado não mais em nós se reflectirá. Esses serão os momentos de saudade que teremos e sem eles … a credito que parte desse intenso presente não será aproveitado … sejamos fieis e seguidores da palavra … é bom ter saudades … de algo muito bom que já vivemos … tenha sido amor … amizade ... partilha … ou simplesmente um momento muito especial … saudade é algo abstracto que não temos concretamente mas, que de uma forma ou outra acabamos por possuir sempre muito intensamente ou se preferirem profundamente … claro, sempre que recordamos … podem-nos tirar ou levar algo que no contacto directo e concreto nos pode ser necessário mas, de certo, não nos tirarão a saudade, a possibilidade de a poder sentir …

"As palavras que nunca te direi"...


“As palavras que nunca te direi”… sem dúvida, uma das mais apaixonantes obras que já li até hoje…. Um livro tocante e comovente. Aliás, Sparks consegue alcançar, de maneira singular, a sensibilidade que o leva a escrever o que sente e a sentir o que escreve, (tal como eu), de modo que a narrativa seja uma espécie de flecha certeira que atinge os nossos sentimentos mais profundos. Sparks consegue fazer emergir em nós mesmos o amor, o nosso principal sentimento, com uma simplicidade cativante. “As palavras que nunca te direi” é, sem dúvida, uma das maiores e máximas reflexões de amor já existentes em todo o mundo.
Resumidamente, esta obra conta a história de um viúvo – Garret e a de uma mulher recém divorciada – Theresa. Certo dia, enquanto corria pela praia, Theresa encontra uma garrafa fechada. No seu interior estava uma mensagem de sonho que a emocionou profundamente como nunca o tinha sido até então. Era uma espécie de carta que Garret escrevera para a sua amada já falecida – Catherine. Garret nunca a esquecera e não se conformara com a sua morte. Depois de ler a mensagem, Theresa decide procurar Garret. Ambos acabam por viver uma bela história de amor que poderia ter sido ainda mais bela caso Garret não continuasse preso aos sentimentos nutridos por Catherine … uma obra marcada pelos encontros e desencontros constantes da vida e pela tristeza e dor marcadamente presentes em Garret após a separação da sua alma gémea.
Pensei muito nesta linda lição de amor e recordo constantemente as questões que a mim mesma coloquei quando li a obra. Será que só amamos uma vez na vida? Será que temos uma nova oportunidade para amar? Quem já viveu um amor muito intenso é capaz de amar novamente, da mesma maneira, uma outra pessoa? Um amor anula o outro? … No mesmo sentido, reflecti também sobre pensamentos como o que de seguida apresento: não sei o que é pior … passar a vida à “procura” de alguém e jamais o encontrar, ou encontrar esse alguém e depois “perdê-lo”. Hoje aprendi que a vida não pára. Como diz um ditado que uma vez escutei alguém dizer: " Não é por morrer uma andorinha que acaba a Primavera!". Em vez de baixarmos os braços face aos momentos menos bons da vida, devemos aprender com eles tornando-nos mais fortes, sem medo do desconhecido!... "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...". Isto surge-me quase como hino. … com isto, cabe-me concluir esta reflexão apelando ao amor presente…Amem Hoje…

sexta-feira, 21 de julho de 2006

O fruto do amor...


Em tempos via na televisão um debate sobre as consequências da separação de casais quando no meio existem frutos do amor que entre eles reinou, e digo “reinou” porque se exigem a separação essa reinação, de certo, já não existe. Recordo que na altura era notória uma basta referência e até mesmo tratamento deste assunto. Prometi a mim mesma escrever sobre tal e hoje aqui estou para apresentar e expor a visão que tenho do assunto que referi e que a meu ver se mostra bastante sensível, e de certo, não o será só para mim.
Quando marido e mulher pensam colocar um fim na sua relação não devem pensar apenas neles, se bem que, a meu ver, em grande parte dos casos é precisamente isto que acontece. No caso de terem filhos devem mostrar-se atentos a tudo aquilo que se poderá gerar para eles, após a separação. Afinal os filhos são a magia da existência… o fruto colhido na árvore do amor… o carinho que traz felicidade… o mundo que queríamos ver melhor… o tesouro encontrado no mar dos desejos… a dor que dói… a alegria que contagia… a seiva que circula pelas veias da ternura… a jóia que brilha no espaço de um sorriso… o ar puro que a seu lado respiramos… o espelho que contempla o dia a dia… a luz que alumia o olhar… a melodia no compasso de uma canção… a madrugada que nos beija silenciosamente… a semente que prolonga a vida… o futuro que alimenta a esperança… a ansiedade que inquieta cada minuto… a estrela que guia pelo sol da primavera… a estrada que conduz ao destino sonhado… eles são os filhos, o amor do amor e o amor da vida.
Existem muitos temas que, partindo deste, teriam de ser bem analisados e abordados atentamente… muito haveria ainda para escrever neste texto, mas preferi dar prioridade ao que aqui tratei. Quem sabe um dia possa e tenha a possibilidade de escrever acerca das descendências do mesmo.
Pensemos bem antes de uma possível separação afinal o fruto do amor também sofrerá, e será muito, a meu ver, o mais sofredor… reflictam sobre a sensibilidade deste assunto que muitos comentários tem recebido, em toda a parte, em todo o mundo… e ao qual eu não sei ser indiferente.

quinta-feira, 20 de julho de 2006


Tudo o que eu te dou...tu me dás a mim…


Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
às vezes, fraco assim é o coração
eu não sei, que mais te posso dar
um dia jóias; noutro dia o luar,
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser.

Foram tantas as noites
sem dormir,
tantos quartos de hotel
amar é partir...
promessas perdidas
escritas no ar
e logo ali eu sei...

Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu te dou

Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena
fazes aqueles truques que, aprendeste no cinema
Mais! peço-te eu, já me sinto a viajar
pára, recomeça e faz-me acreditar

Não, dizes tu, e o teu olhar mentiu,
enrolados pelo chão no abraço que se viu
é madrugada ou é alucinação,
estrelas de mil cores, extasy ou paixão
hum, esse odor, traz tanta saudade
mata-me de amor, dá-me liberdadede
ixa-me voar, cantar e adormecer

Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu te dou



Sempre que escuto esta canção, debruço-me sobre o sentido da vida. Talvez seja a acção recíproca que se estende no verso principal da canção: “Tudo o que eu te dou, tu me dás a mim...”. É assim que funciona, ou pelo menos, devia funcionar. Não pode ser de um outro modo. Se não for desta forma, o amor será sempre dor e a amizade inexistente. Tudo se gera num constante dar e receber. Mas esta troca não tem de ser equitativa: podemos dar uma prenda cara e receber em troca um sorriso que, para quem ama, pode valer mais que mil tesouros. Às vezes basta apenas darmos um pouco do nosso tempo e em troca recebermos atenção. Não interessa o que se dá e o que se recebe o que importante é que o gesto seja feito com o coração.

quarta-feira, 19 de julho de 2006

É noite e eu sem ti...

É noite,
Estou aqui
Sozinha no meu quarto,
Dou voltas e mais voltas
Não sei o que mais fazer.
Parece que vou ficar louca...

Estas noites sem ti,
Deixam-me completamente assim,
Já não sei mais que fazer
Quero ter-te aqui...
Mas tal momento não acontece…

Imagino
Isso posso fazê-lo…
Nossos corpos colados,
E nós amando-nos…
Na calada da noite…

Espero por ti,
Dia-após-dia,
No sofrimento, na angústia
Deste nosso amor,
E ansiando
O acontecer deste momento…

Abro a janela do meu quarto,
Iluminada pelo Luar,
Olho lá para o alto…
Vejo a lua,
Sinto um vento quente
A bater no meu rosto…
Vento que me invade o corpo…
Sinto-me beijada por ti,
Abraço-o como te abraçaria a ti…

Suspiro!
Fecho a Janela do meu quarto…
Vou para a cama,
Por entre voltas e mais voltas,
Acabo por adormecer…
Sempre a lutar por um sonho…
- O de ter-te aqui a meu lado…

terça-feira, 18 de julho de 2006

Noite de luar…


Momentos de silêncio,
Que em luar se preservam,
Apreciados no longe e no perto,
Serão dignos da pureza que os cercam…

Encontro-me aqui,
Talvez longe de tal pureza,
Mas não o suficiente,
E, exigindo destreza,
Procuro, sem cessar,
Os encantos
Que esta noite me pode dar…

Imagino-te a aqui,
Pousado a meu lado,
E olhando as estrelas
Vagueiam dois olhares selados…

As estrelas brilham,
Na agitação das águas do mar,
E encostada a ti
Encontro-me a pensar…

Penso, penso e penso
E de pensar, não estou cansada,
O tempo parece não passar,
E é já madrugada…

Bem perto de mim,
Para sempre te quero ter,
E no ontem, hoje e amanhã,
Já mais te irei esquecer!

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Mais do que uma simples palavra…



Aqui estou eu, mais uma vez,… desta, para “divagar” sobre a palavra mais bela do “nosso” Mundo, (pelo menos do meu) … não, não me refiro ao Amor. Para mim, a mais bela e que consta do dicionário é aquela que se refere à base de todos os Sentimentos que todo o Ser Humano pode ter. Sim, claro que é a Amizade, pelo menos para mim é-o.
Sei que muitas pessoas preferem valorizar a palavra Amor e até a consideram a mais bela, mas para mim não, para mim, de nada me vale ter o Amor se antes não tenho a Amizade do mesmo. Aliás, grande parte das pessoas que conheço preferem valorizar o Amor. Ainda bem que não todas.
Eu já tive algumas lições de vida e se há algo que delas retirei foi precisamente o facto de precisar de ter a Amizade antes de ter o Amor vindos da mesma pessoa. Sei que são sentimentos diferentes e saber separá-los em momentos distintos é também importante. Não sou pessoa de Amar quem não é meu Amigo.
Amigo… bela palavra esta, não é? Pois, mas sei que é difícil defini-la. Aliás, não considero sequer a existência de uma definição universal e se a há, essa não deve ser assim tão valorizada, pois o subjectivo e a opinião são mais fortes, pelo menos neste caso, do que qualquer lei universal… e realço, pelo menos neste caso, o que não quer dizer que seja assim em tudo.
Cada caso é um caso específico e a generalização destes não se aplica, ou pelo menos, não se deveria fazê-lo. E porque, para mim, Amigo é muito e muito mais do que uma simples palavra, não o desprezo, mas sim valorizo… e muito. Ele é Tudo… é… Alma… paz… ternura… carinho… saudade… choro… partilha… confiança… sentimento… e quem me conhece verdadeiramente sabe que esta minha lista de palavras que, por mais bonitas ou feias que sejam, nunca mais terminaria. E porque o Verdadeiro Amigo é muito mais do que tudo isto torna-se inútil e até mesmo fútil comparara-lo a certos ou determinados termos que hoje em dia demonstram dominar as atenções menos dominantes deste Mundo. Exemplos? … há muitos, mas a meu ver, o Dinheiro é o mais notável, ou não houvesse tanta luta pelo mesmo. É injusto, pois é, mas este é o nosso Mundo – o Mundo da reinação injusta e desculpem o termo… estúpida.
E agora pergunto… como pode uma palavra tão bela e inigualável como Amizade estar tão presente neste mesmo Mundo? Como é que Seres tão diferentes e que têm idealizações também elas distintas se integram no mesmo meio?
Amigos… este é o nosso Sempre Inútil Mundo… aquele que muitas vezes eu preferia não conhecer…
Penso importante, se não mesmo indispensável, reflectir sobre valores como Amizade, Amor, entre outros… mas sempre tendo como ponto de partida o sentimento, pois é precisamente esta capacidade de podermos sentir que nos permite referir ou até mesmo “divagar” sobre estes belos termos…

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Urgentemente



É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor,
é urgente permanecer.


Este poema é, para mim, a vida do irreal de ontem, de hoje e do sempre eterno amanha, apenas porque o próprio HOMEM não o quer… lamento e este parece também ser o sentimento do nosso saudoso e inigualável Eugénio de Andrade que tão bem lembro dos estudos da poesia das aulas de português do meu 12º ano (recordo com muita saudade). Mas enfim…
Deixemos de parte certos impulsos que nos levam a praticar as injustiças de que o mundo está “carregado” e saturado e optemos por AMAR…”é urgente o amor”… “um barco no mar”… é urgente e extremamente preciso destruir as tais injustiças de que falo… “É urgente destruir certas palavras”… colocar de parte ou abandonar por completo sentimentos de “ódio e solidão” e actos de “crueldade e lamentação”… esta prática a nada de bom para nós mesmos nos leva… prefiramos firmemente “inventar alegria” e mantê-la entre nós… “multiplicar os beijos, as searas; descobrir rosas e rios e manhãs claras”. Tudo isto é melhor e traz felicidade, dando-nos uma vida quase de sentimento eterno… e, porque tudo nos cai em cima – o silêncio e a luz impura… permaneçamos porque é urgente, muito urgente o AMOR…

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Amor – ensinamento e vida.

Amor pode até ser
Uma palavra
Com diversos significados,
Mas o mais importante,
Não é saber esse significado,
Mas sim vivê-lo,
Pois é vivendo-o
Que aprendemos tal noção!

Amar o próximo
É a meu ver
A base da amizade.
Quem sente, ama
E antes de tudo,
Ama as pessoas como amigos”

O amor pode não ser visível
Aos olhos de muitos
Mas para quem sente,
Ele erradia, o dia, a noite,
E acima de tudo o nosso coração!

A mais bela forma de amor
Paira no sentido
Que damos à palavra amizade.
E porque acredito
Que o amor
É base para muito,
Acredito também
Que o seja para a amizade!

É amando os nossos amigos
Que os conhecemos verdadeiramente
E os vemos como potenciais presenças
Nas nossas vidas.

Amar é a melhor forma de conhecer o próximo.
A melhor forma de o ver
Como pertencente à nossa vida.
E não precisa de ser no verdadeiro sentido da palavra.
Basta que o seja de Coração!

É amando que nos conhecemos
E atribuímos significado á nossa vida
É amando que nos amamos a nós mesmos,
E amamos a vida,
Como aspecto importante de reflexão e meditação!

Amar é então ser amigo, conhecê-lo
E fazer dos momentos passados juntos
Momentos de eterna reflexão para a vida!


Amigo … meu Tesouro!!!!



Neste momento parei tudo o que estava a fazer porque pensei em ti.

Lembrei o quanto me fazes sorrir e ser feliz.
Isso aconteceu no Domingo, na Segunda, na Terça, na Quarta, Quinta, sexta, Sábado…
Enfim…SEMPRE…
Nem imaginas a alegria que invade a minha alma…
O quanto estou feliz…

O bem que me sinto…
A pessoa que me tornaste…

Enfim…o quanto te adoro….
E o quão és especial para mim…
Decidi escrever este poema como forma de agradecimento…
Pela pessoa espectacular…fantástica…amiga…e muito mas mesmo muito
Especial que és…Por seres quem és e como és…
E por teres entrado de forma tão subtil e meiga na minha vida…
Enfim…pelo TESOURO…que não quero NUNCA perder…nunca mesmo!!!
Quero que saibas que penso muito em ti…

e agradeço do fundo meu coração todo o carinho…
toda a amizade…que me tens dado...enfim...
agradeço a tua presença na minha vida…
.e o facto de me fazeres acreditar que ainda há pessoas como eu….
vejo em ti uma delas…obrigado…muito obrigado por tudo isso!!!
ADORO-TE AMIGO….

E ACREDITA….
NÃO HÁ
NEM NUNCA HAVERÁ
PALAVRAS CAPAZES DE DEMONSTRAR O QUANTO ÉS ESPECIAL PARA MIM!!!
E O QUE SINTO POR TI…
SÃO SENTIMENTOS QUE AS PALAVRAS NÃO CONSEGUEM IGUALAR!!!
ENFIM…ÉS TUDO PARA MIM!!!

Este texto foi escrito à mais de 2 meses como dedicatória a um amigo.... ele sabe quem é ... ;)
Ma agora, e neste momento decidi torná-lo público, pois vejo neste texto a imagem do meu amigo verdadeiro... ;)

segunda-feira, 22 de maio de 2006



Racismo


Este é mais um dos temas que merece a minha visão e a daqueles, que tal como eu, o vêm como uma prática de injustiça e desonestidade por parte do próprio Ser Humano.
Eu não podia ser nem ficar indiferente a tal temática. Sou uma pessoa indiferente à diferença e sei que, nos dias que correm poucas pessoas o são. Cabe a nós, Seres indiferentes fazer com que esta vontade de “gozar” e rejeitar o outro não avance. Acima de tudo e independentemente da cor que possamos ter, somos todos Seres Humanos e tal como desejamos ser respeitados pelo próximo, devemos também mostrar a mesma imagem perante ele. Como se costuma dizer: “se respeitado queres ser, com olhos de respeito, o outro terás de ver”. E é nesta perspectiva que devemos ser pessoas capazes de aceitar a diferença, pois afinal o Mundo constrói-se pela diferença e se fosse para sermos todos iguais nem fazia sentido tantas pessoas. Pois, para quê? Se seríamos todos iguais e teríamos sempre as mesmas ideias. Não existiria evolução, nem progressos aos diversos níveis. Somos seres diferentes, e não existem pessoas iguais. Por isso, e a meu ver, todos diferentes e todos iguais aplica-se na verdade mas apenas na teoria, pois na prática acho que o Homem ainda não conseguiu atingir tal facto. No meio disto tudo, também de nada vale avançar se não nos respeitamos a nós mesmos. Aceita o que és e como és para que o próximo possas também aceitar. Sejamos quem somos, o mais importante é, acima de tudo sermos sempre NÓS. O respeito existe realmente, e se na verdade queremos ser dignos dele, devemos também saber dar-lhe uso.
Penso importante reflectir sobre esta temática, pois só deixando de parte estas indiferenças, conseguiremos, um dia, conhecer o verdadeiro significado da palavra respeito e dai sermos Seres felizes, num mundo onde reinará somente e simplesmente a indiferença!!!