segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Noite...



É noite,
Caminho sem rumo,
Até onde eu quero ir.
Sozinha nesta rua,
Onde a noite é clara,
Onde a chuva não cai,
Onde as estrelas teimam brilhar,
Noite linda, noite de Luar!
De cabelos ao vento
Por aqui, me deixo ir…
Sozinha e sem medo,
Esperando um gesto,
Que poderá de ti vir…
Mas o gesto não vem
E eu a ti não chego…
Continuo,
Destemida e sem medo…
Porque a ti quero chagar,
Nesta noite de Luar!
Olho o céu,
Vejo as estrelas…
E uma desperta a minha atenção.
Será a minha?
Aquela que sempre me acompanha?
A das noites na praia?
Será?
Ela está longe,
E hoje brilha ainda mais…
Terá algo para mim?
Eu caminho,
Caminho na sua direcção…
Ando, ando, ando
E de tanto andar não estou cansada…
Ela acompanha meus passos
E em cada avanço meu
Há um brilhozinho mais no céu…
Seguimos,
Uma sobre a outra,
Eu na terra,
Ela no alto dos céus…
Mas de repente,
Ela parece não mais querer seguir-me…
Será um sinal?
Será ali o final do meu caminho?
Terei mesmo de parar aqui?
Ela brilha agora como nunca…
Em pleno céu,
Em plena noite…
E eu agora nas areias da praia,
Vejo um vulto…
Vulto que de mim se aproxima,
E na minha frente se coloca…
Ambos olhamos o céu…
A estrela olha para nós…
Ela cintilantemente brilha,
Brilha como nunca…
E nós olhamo-nos,
Os nossos olhos sentem a magia
Magia que se transforma.
São doces momentos
Que apelam á união dos nossos lábios…
E neste gesto,
Ambos sentimos o doce mensagem
Que aquela, agora nossa estrela,
Tinha para nos dar:
Um beijo quente,
Um abraço aconchegante,
Um doce, muito doce olhar!
Tudo nesta noite, noite de Luar!