terça-feira, 25 de julho de 2006

Vivamos e “sejamos" o presente….

“Existe sempre no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto ou no meio das grandes cidades. E quando essas pessoas se cruzam e os seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância., e só existe aquele momento e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do Sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gémea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros debaixo do Sol. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana.” in "O Alquimista"


Que poderei eu mais dizer ou acrescentar?... Este excerto retirado da obra “O Alquimista” da autoria de Paulo Coelho mostra, sem dúvida, o verdadeiro sentido ou valor que deveras devemos sempre dar ao momento presente, ao momento que hoje vivemos…
Já demonstrei em vários textos ou mesmos poemas deste meu “cantinho da escrita”, a minha forte e intensa devoção pela vida, pelo momento presente e falando heteronimamente pelo Carpe Diem que tanto valorizo e que li, proveniente de uma das “almas” de Fernando Pessoa. Refiro-me, claro está, a Ricardo Reis, seu heterónimo.
Todo o Ser Humano espera um outro que o faça feliz e isto acontece em qualquer parte. Por vezes entre becos, outras, por entre multidões ou desertos inerentes, ou multidões, mas que existe esse alguém, ele existe e mais tarde ou mais cedo acaba por se deparar ou nos presentear, entrando nas nossas vidas. Quando isto acontece, e a partir deste momento importa única e exclusivamente o que anteriormente referi; viver o presente. Não nos deixemos lamentar pelo passado nem ansiar pelo futuro desejado. Vivamos o presente!...
E este momento presente deve ser marcado apenas pela única certeza de que o ser pode Ser portador: tudo o que se encontra debaixo da luz luminosa foi escrito e plantado pela mesma mão, aquela capaz de despertar sentimentos de ordem elevada, sentimentos indescritíveis, sentimentos de amor e impulsionadora da “criação” de uma alma gémea para todo o Ser que procura sem cessar, tesouros debaixo do sol.
Se assim não fosse, e como nos refere Paulo Coelho, os sonhos que hoje temos não teriam qualquer sentido, não seriam justificáveis, pois para eles não existiriam teses que os reforçassem e tornassem imutáveis … e impróprios de uma vida …