Tudo o que eu te dou...tu me dás a mim…
Eu não sei, que mais posso ser um dia rei, outro dia sem comer por vezes forte, coragem de leão às vezes, fraco assim é o coração eu não sei, que mais te posso dar um dia jóias; noutro dia o luar, gritos de dor, gritos de prazer que um homem também chora quando assim tem de ser.
Foram tantas as noites sem dormir, tantos quartos de hotel amar é partir... promessas perdidas escritas no ar e logo ali eu sei...
Tudo o que eu te dou tu me dás a mim tudo o que eu sonhei tu serás assim tudo o que eu te dou tu me dás a mim tudo o que eu te dou
Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena fazes aqueles truques que, aprendeste no cinema Mais! peço-te eu, já me sinto a viajar pára, recomeça e faz-me acreditar
Não, dizes tu, e o teu olhar mentiu, enrolados pelo chão no abraço que se viu é madrugada ou é alucinação, estrelas de mil cores, extasy ou paixão hum, esse odor, traz tanta saudade mata-me de amor, dá-me liberdadede ixa-me voar, cantar e adormecer
Tudo o que eu te dou tu me dás a mim tudo o que eu sonhei tu serás assim tudo o que eu te dou tu me dás a mim tudo o que eu te dou
Sempre que escuto esta canção, debruço-me sobre o sentido da vida. Talvez seja a acção recíproca que se estende no verso principal da canção: “Tudo o que eu te dou, tu me dás a mim...”. É assim que funciona, ou pelo menos, devia funcionar. Não pode ser de um outro modo. Se não for desta forma, o amor será sempre dor e a amizade inexistente. Tudo se gera num constante dar e receber. Mas esta troca não tem de ser equitativa: podemos dar uma prenda cara e receber em troca um sorriso que, para quem ama, pode valer mais que mil tesouros. Às vezes basta apenas darmos um pouco do nosso tempo e em troca recebermos atenção. Não interessa o que se dá e o que se recebe o que importante é que o gesto seja feito com o coração.
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