sexta-feira, 21 de julho de 2006

O fruto do amor...


Em tempos via na televisão um debate sobre as consequências da separação de casais quando no meio existem frutos do amor que entre eles reinou, e digo “reinou” porque se exigem a separação essa reinação, de certo, já não existe. Recordo que na altura era notória uma basta referência e até mesmo tratamento deste assunto. Prometi a mim mesma escrever sobre tal e hoje aqui estou para apresentar e expor a visão que tenho do assunto que referi e que a meu ver se mostra bastante sensível, e de certo, não o será só para mim.
Quando marido e mulher pensam colocar um fim na sua relação não devem pensar apenas neles, se bem que, a meu ver, em grande parte dos casos é precisamente isto que acontece. No caso de terem filhos devem mostrar-se atentos a tudo aquilo que se poderá gerar para eles, após a separação. Afinal os filhos são a magia da existência… o fruto colhido na árvore do amor… o carinho que traz felicidade… o mundo que queríamos ver melhor… o tesouro encontrado no mar dos desejos… a dor que dói… a alegria que contagia… a seiva que circula pelas veias da ternura… a jóia que brilha no espaço de um sorriso… o ar puro que a seu lado respiramos… o espelho que contempla o dia a dia… a luz que alumia o olhar… a melodia no compasso de uma canção… a madrugada que nos beija silenciosamente… a semente que prolonga a vida… o futuro que alimenta a esperança… a ansiedade que inquieta cada minuto… a estrela que guia pelo sol da primavera… a estrada que conduz ao destino sonhado… eles são os filhos, o amor do amor e o amor da vida.
Existem muitos temas que, partindo deste, teriam de ser bem analisados e abordados atentamente… muito haveria ainda para escrever neste texto, mas preferi dar prioridade ao que aqui tratei. Quem sabe um dia possa e tenha a possibilidade de escrever acerca das descendências do mesmo.
Pensemos bem antes de uma possível separação afinal o fruto do amor também sofrerá, e será muito, a meu ver, o mais sofredor… reflictam sobre a sensibilidade deste assunto que muitos comentários tem recebido, em toda a parte, em todo o mundo… e ao qual eu não sei ser indiferente.

1 comentário:

Gonçalo disse...

O mundo egoista onde vivemos tem-nos alertado para temas sensíveis como este. O amor termina (se é que alguma vez começou...) no seio de um casal e, estes já com filhos, decidem separar-se dos companheiros e talvez dos seus meninos...
Fizeste uma exposição muito clara e sentida da representação dum filho para os pais, pelo menos assim o admito mesmo ainda não sendo pai. No entanto, não posso concordar contigo quando dizes que deve existir o bom senso de pensar nos filhos, evitando quiçá a separação...Não sei se foi essa a ideia que quiseste transmitir mas assim o senti e não fiquei indiferente...
Como já te tinha dito, conheço um casal que vive no fio da navalha, sendo que a mulher só continua a sustentar a situação de falta de afectos em que vive, muito por culpa dos filhos...Talvez tenha pensado como tu e decidiu dar prioridade aos filhos em vez da sua felicidade...Mas será que é necessário passar uma vida infeliz por pensar tanto nos outros e não pensarmos um pouco em nós?Será que é exigido agora que esta mulher deixe de ter carinho, de mostrar a sua juventude ao mundo, de ser feliz, continuando a sofrer dos ataques de machismo do marido?E mais tarde, será que os filhos não sentirão que foram cúnmplices do sofrimento da mãe?
Por isso é que eu digo...a melhor solução é evitar estes problemas, construindo uma relação sólida que possa apoiar o estabelecimento de uma família com amor, dando as certezas, se é que há certezas, de que é possivel ter filhos e serem felizes em conjunto...Caso esse conhecimento do outro não tenha sido feito previamente, e os filhos tenham surgido por alguma razão, julgo que o preferível numa situação de mau ambiente familiar é a separação. Trará consequências irreversíveis ao casal e às crianças mas o manutenção do mau ambiente familiar também não iria ajudar em nada esta família...
Sou a favor da transparência de ambientes e em desfavor da paz podre...
Um beijo grande para ti amiga;)