sábado, 22 de julho de 2006

"As palavras que nunca te direi"...


“As palavras que nunca te direi”… sem dúvida, uma das mais apaixonantes obras que já li até hoje…. Um livro tocante e comovente. Aliás, Sparks consegue alcançar, de maneira singular, a sensibilidade que o leva a escrever o que sente e a sentir o que escreve, (tal como eu), de modo que a narrativa seja uma espécie de flecha certeira que atinge os nossos sentimentos mais profundos. Sparks consegue fazer emergir em nós mesmos o amor, o nosso principal sentimento, com uma simplicidade cativante. “As palavras que nunca te direi” é, sem dúvida, uma das maiores e máximas reflexões de amor já existentes em todo o mundo.
Resumidamente, esta obra conta a história de um viúvo – Garret e a de uma mulher recém divorciada – Theresa. Certo dia, enquanto corria pela praia, Theresa encontra uma garrafa fechada. No seu interior estava uma mensagem de sonho que a emocionou profundamente como nunca o tinha sido até então. Era uma espécie de carta que Garret escrevera para a sua amada já falecida – Catherine. Garret nunca a esquecera e não se conformara com a sua morte. Depois de ler a mensagem, Theresa decide procurar Garret. Ambos acabam por viver uma bela história de amor que poderia ter sido ainda mais bela caso Garret não continuasse preso aos sentimentos nutridos por Catherine … uma obra marcada pelos encontros e desencontros constantes da vida e pela tristeza e dor marcadamente presentes em Garret após a separação da sua alma gémea.
Pensei muito nesta linda lição de amor e recordo constantemente as questões que a mim mesma coloquei quando li a obra. Será que só amamos uma vez na vida? Será que temos uma nova oportunidade para amar? Quem já viveu um amor muito intenso é capaz de amar novamente, da mesma maneira, uma outra pessoa? Um amor anula o outro? … No mesmo sentido, reflecti também sobre pensamentos como o que de seguida apresento: não sei o que é pior … passar a vida à “procura” de alguém e jamais o encontrar, ou encontrar esse alguém e depois “perdê-lo”. Hoje aprendi que a vida não pára. Como diz um ditado que uma vez escutei alguém dizer: " Não é por morrer uma andorinha que acaba a Primavera!". Em vez de baixarmos os braços face aos momentos menos bons da vida, devemos aprender com eles tornando-nos mais fortes, sem medo do desconhecido!... "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...". Isto surge-me quase como hino. … com isto, cabe-me concluir esta reflexão apelando ao amor presente…Amem Hoje…

1 comentário:

Gonçalo disse...

Amem hoje, amanhã e sempre...Assim será o mote que pretendo dar neste comentário...
Conseguiste-me entusiasmar para dedicar uma parte das minhas férias a esta obra de Sparks, depois de ser bastante conhecida e de já me terem referenciado anteriormente...mas tu conseguiste mais e resumiste-me de tal forma que já me apetecia ter o livro à minha mão e começá-lo a ler...
Falando do amor que esse livro se dedica, o amor entre duas almas gémeas e duas almas afins, julgo que não podemos ser radicais e estabelecer um único amor na nossa vida, mesmo que esse amor seja vindo da nossa alma gémea...Cabe-nos a nós amarmos uma vida inteira, e mesmo que sintamos que perdemos a nossa alma gémea, deveremos encontrar significado para tal perda, continuar a amar e acreditar que num vida futura recuperaremos essa relação...tudo uma questão de tempo...
De facto, o amor constitui um sentimento muito especial que não poderá ter exclusividade numa só vida e numa só pessoa, senão o mundo ainda seria mais quezilento e com objectivos ainda mais materialistas...Porque, repara, quantas pessoas não passam uma vida inteira sem a sua alma gémea, construindo relações, que poderão ser fortes, com pessoas que as amam e que as fazem amar?Quantas são as que amam e sofrem uma vida inteira por não estarem felizes junto da pessoa que amam?E mesmo assim, nem se lembram que há almas gémeas, nem imaginarão que um dia estarão com ela e aí sim, sentirão os verdadeiros sinónimos para as palavras união e amor...Sentirão que o amor se apoderou da forma mais elevada que pode existir, percebendo que teriam amado anteriormente mas nada comparado com o que sentem agora...
A vida nem sempre nos pode oferecer a nossa alma gémea, temos de amar, sofrer, continuar a amar, continuar a sofrer, na esperança de um dia a alcançar, nesta ou na vida seguinte...passa tudo por uma questão de tempo..tempo esse que tem de ser dado e aproveitado para amar...seja uma alma gémea, seja uma alma afim, mas todas elas são importantes para o nosso crescimento pessoal e para a nossa felicidade...
Portanto, só peço a quem ler este comentário para continuar a amar, mesmo que já tenha sentido que a alma gémea se perdeu...Amem e façam com que os outros vos amem..Sejam felizes;)