quarta-feira, 26 de julho de 2006

Quem sou eu?


Boa pergunta esta. Por vezes nem eu sei quem sou;)

Vou tentar ser clara. Ou melhor, mais do que o que sou, não posso ser;)

(Parece que começo mal)

Bem. É sempre difícil falarmos de nós mesmos. Sempre achei melhor serem as pessoas que nos conhecem a fazê-lo, mas tudo bem, vou tentar;)

Nome: Rita Sofia. Sempre mostrei preferência pelo meu 2º nome, ou não estivesse ele intimamente relacionado com a minha grande paixão, a poesia, claro. No entanto, raras, raríssimas são as pessoas que me chamam Sofia. Preferem Rita ou Ritinha. Não sei porquê mas deve ser talvez por ser mesmo este o meu primeiro nome, ou então não passa de uma simples homenagem à indecisão dos meus pais, afinal, já eu estava fora do ventre da minha mãe e eles nem tinham escolhido o meu nome. Hummm, talvez seja isto. Não, não sei. Enfim, tenho dois nomes lindos;)

Data de nascimento: acho que sou uma felizarda;) sou uma “peixinha”, nascida a 5 de Março de 1986. Pois, parece que já conto 20 primaveras. O tempo passa mesmo;) Mas os meus pais ver-me-ão sempre como uma bebé;)
Imagem física: cabelos loiros, até demais;) tenho olhos azuis clarinhos, cor do mar. são como uma arma. Já me disseram que são azuis, por vezes verdes, cinzentos e até já houve quem os visse como vermelhos. Eu vejo-os como azuis clarinhos. Não sou alta, mas também não sou muito baixinha. Digamos que sou uma pessoa de estatura media (por volta de 1,60cm). Chego onde chegam os grandes;) também não sou gorda nem magra. Considero-me um pouco forte (por volta de 65 kg). Tenho pele clara e sou uma pessoa super simples e natural.

Imagem psicológica: esta é aquela que mais valorizo em mim, e acima de tudo, nos outros. Sou uma pessoa muito calma, em todos os aspectos. Amiga, muito amiga das pessoas que adoro.
Tenho de concordar com os meus amigos e dizer que sou tímida, talvez demais.
Sou uma pessoa muito compreensiva, atenta e observadora.
Sou muito sincera, aliás, mais não posso ser. Procuro sempre ser o mais verdadeira possível. Adoro escutar as pessoas, dar-lhes conselhos ou mostrar o meu ponto de vista acerca das diversas sugestões.
Sou muito realista, vejo as coisas tal como são.
Ao mesmo tempo sou também sonhadora, típico dos peixinhos.
Detesto pessoas falsas, mentirosas e sem objectivos na vida. Gosto de falar, mas mai ainda escutar. Acho que esta é uma das melhores formas de conhecer as pessoas.
Considero-me muito sensível. Muito sentimentalista e romântica. dizem que sou uma lutadora.
Enfim, os meus amigos dizem que sou “uma caixinha de surpresas”. Cabe a vocês descobrir ou confirmar;)

Família: sem duvida, um dos meus maiores tesouros. Estão comigo em tudo e para tudo, onde estou e para onde vou;)

Defeitos e qualidades: a esta não respondo. Não, não estou a fugir aos defeitos. De certo também os tenho. Todos os temos. Mas neste aspecto, acho que as pessoas que nos conhecem são as mais indicadas para os enumerar. Acredito que não seja uma pessoa muito “defeituosa”, afinal aquilo que as pessoas podem ver em mim como defeito, é sempre um ponto de partida para eu mesma melhorar. Por outro lado, esta coisa de defeitos e qualidades é um tanto ao quanto subjectiva: o que pode ser defeito para uns, pode ser qualidade para outros e vice-versa. Qualidades? Também tenho, acho eu;) muito compreensiva, acima de tudo. O resto descubram!

Cor preferida: azul, azul azul azul e mais azul. Adoro a cor azul. Sempre escutei dizer que o azul acalma e traz clareza mental, tranquilidade, fidelidade, criatividade, paciência, compreensão, segurança, afectuosidade, alegria e paz de espírito. Para mim simboliza a sinceridade, a lealdade, a devoção, a fé. Adoro esta cor, que é a do mar, a dos meus olhos;)
Também gosto muito do verde que para mim simboliza a esperança, por exemplo num mundo mais justo, menos materialista e mais atento. E mais, afinal é a cor do meu assumido Sporting;)
Adoro cores vivas.

Os tesouros da minha vida: sem dúvida, a família, os amigos, a poesia e claro, o grande amor da minha vida. Quando aos amigos, eu não escolho os meus… são eles que me conquistam.

Carreira profissional: bem, acabei o 2º ano da Licenciatura em Professores do Ensino Básico. Espero terminar o cursito no menos tempo possível, claro;) Não digo que quero ser professora primária. Prefiro dizer que quero fazer uma especialização na área do Ensino Especial. Talvez seja a minha prioridade a nível profissional. Simultaneamente, espero conseguir continuar na área da escrita como sempre tenho feito, desde os meus 12 aninhos até hoje. No fundo, seja eu professora primária, seja professora de ensino especial, quero continuar a escrever;)

Cultura: muito há a dizer nesta área, mas tentarei, resumidamente, mostrar as minhas preferências. Como adoro escrever, adoro também ler. Os romances, principalmente, são obras que não dispenso na mesinha de cabeceira ou na minha estante. Até hoje, já li vários livros, desde aqueles que nos são propostos durante os estudos até outros sugeridos, ou mesmo outros que fui encontrando e que me despertaram particular interesse. De entre as minhas preferências, é difícil escolher, mas talvez “as palavras que nunca te direi”, “Os maias”, “Como água para chocolate”, sejam algumas delas. As minhas próximas leituras talvez sejam as de obras que me aconselharam: “código da Vinci” e “As leis do amor”. Para alem destes, adoro tudo o que é livro de poesia. Sou aficionada da poesia de Fernando Pessoa e das suas diversas “almas”, para além de outros poetas ou até poetisa.
No que ao cinema diz respeito… adoro filmes românticos. Sou uma romântica persistente. Chorei quando vi o “Titanic”. Adorei ver “Pearl harbour”. Sou pessoa de ver um bom filme.
O teatro apresenta-se na minha vida como mais uma paixão. Sempre gostei de assistir a peças de teatro e mais recentemente passei a participar também. É, sem dúvida, uma experiência enriquecedora.
Quando ao desporto… gostava de ter mais tempo para ele. Sempre adorei futebol. Jogar ou apenas ver, sempre foi uma paixão. Também gosto muito de basquetebol. Penso que já não jogo desde os meus tempos do desporto escolar. Adoro atletismos ou mesmo simples caminhadas. Adoro desporto;)
Acho que havia ainda muito a dizer, mas não posso ser muito extensa. Descubram vocês!

Socialização: bem, sou uma pessoa sociável. Adoro conhecer pessoas, fazer novos amigos, partilhar conhecimentos, e muito mais.
Não posso dizer que tenho muitos amigos. Na verdade tenho poucos, mas até hoje, o suficiente para ser feliz;) sou uma pessoa apaixonada pelos lindos seres que me fazem bem, que me fazem feliz;)
Na verdade, também não dispenso os meus momentos de isolamento e, para mim, nada melhor que o ambiente da praia para me sentir bem, reflectir… adoro estar na pria à noite, sozinha ou acompanhada…adoro, adoro, adoro….
Bem, não me alargo mais. Tudo isto apenas SOU EU… Amo ser EU.

Se quiserem saber algo mais sobre mim, dou-vos um conselho: partilhem comigo as vossas ideias ou opiniões sobre os posts que aqui apresento. Partilhem comigo. Afinal é no dar e receber que construímos a nossa felicidade e a dos outros. E quando falo em dar e receber, não tem de ser necessariamente algo concreto. Por vezes um simples gesto basta. …;) sejam felizes…;)

(Esta espécie de “autobiografia” surgiu como sugestão de várias pessoas , e eu resolvi fazê-lo) ;)



terça-feira, 25 de julho de 2006

Vivamos e “sejamos" o presente….

“Existe sempre no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto ou no meio das grandes cidades. E quando essas pessoas se cruzam e os seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância., e só existe aquele momento e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do Sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gémea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros debaixo do Sol. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana.” in "O Alquimista"


Que poderei eu mais dizer ou acrescentar?... Este excerto retirado da obra “O Alquimista” da autoria de Paulo Coelho mostra, sem dúvida, o verdadeiro sentido ou valor que deveras devemos sempre dar ao momento presente, ao momento que hoje vivemos…
Já demonstrei em vários textos ou mesmos poemas deste meu “cantinho da escrita”, a minha forte e intensa devoção pela vida, pelo momento presente e falando heteronimamente pelo Carpe Diem que tanto valorizo e que li, proveniente de uma das “almas” de Fernando Pessoa. Refiro-me, claro está, a Ricardo Reis, seu heterónimo.
Todo o Ser Humano espera um outro que o faça feliz e isto acontece em qualquer parte. Por vezes entre becos, outras, por entre multidões ou desertos inerentes, ou multidões, mas que existe esse alguém, ele existe e mais tarde ou mais cedo acaba por se deparar ou nos presentear, entrando nas nossas vidas. Quando isto acontece, e a partir deste momento importa única e exclusivamente o que anteriormente referi; viver o presente. Não nos deixemos lamentar pelo passado nem ansiar pelo futuro desejado. Vivamos o presente!...
E este momento presente deve ser marcado apenas pela única certeza de que o ser pode Ser portador: tudo o que se encontra debaixo da luz luminosa foi escrito e plantado pela mesma mão, aquela capaz de despertar sentimentos de ordem elevada, sentimentos indescritíveis, sentimentos de amor e impulsionadora da “criação” de uma alma gémea para todo o Ser que procura sem cessar, tesouros debaixo do sol.
Se assim não fosse, e como nos refere Paulo Coelho, os sonhos que hoje temos não teriam qualquer sentido, não seriam justificáveis, pois para eles não existiriam teses que os reforçassem e tornassem imutáveis … e impróprios de uma vida …

domingo, 23 de julho de 2006



Perdida na noite … ou talvez não …


Saio porta fora,
E não penso em nada.
Vou eu e o silencio,
Pela mesma estrada…
Vagueando na noite,
Me sinto sem medo.
Olhando o luar,
Vejo que ainda é cedo…
Não sei onde vou,
Nem ao que quero ir.
Agora sozinha,
Eu quero seguir…
Deixando o silencio,
Sigo pela estrada.
Quero ir,
Sem pensar,
Sem pensar em nada…
A noite está calma,
O luar é lindo…
Olhando as estrelas
Eu vou…
E vou sorrindo…
Sumindo na estrada,
Não sei onde vou…
Olho de lado a lado,
Não conheço nada.
Sinto-me perdida,
Mas não desesperada…
Oiço murmúrios
De algo suave…
Não sei de onde vem,
Nem para onde vão…
Mas com eles vou,
Na mesma direcção…
Serão coisas do além
Que a mim me seguem?
Não, não tenho medo…
Ando agora mais calmamente
Em terreno mais ameno.
Sinto as areias
Tocarem nos meus dedos
Sim, estou na praia,
Sem ninguém e sem medos…
Cansada de andar,
Na areia me sento…
Vejo a agua,
Vejo o luar,
As estrelas,
O que a noite tem para me dar…
Sei agora onde estou,
Onde sempre quis estar,
Encontrada na noite,
Eu estou a pensar…
Penso em mim,
Penso em ti,
Penso em nós,
Na praia, ao luar…

Sei onde estou,
Estou onde sempre quis estar…!



sábado, 22 de julho de 2006

Saudade...


Bela palavra esta … também eu a sinto … reflexo disso é o meu próprio blog. Afinal penso que os textos, reflexões ou poemas aqui presentes são precisamente uma espécie de recordação, saudade de algo que já vivi ou mesmo imaginei viver. Um livro que já li, uma momento que já partilhei, um debate que vi e lembrei, etc. … enfim … eu sou saudade. Nos meus momentos de reflexão sinto cada ocasião, cada situação de saudade como se ainda hoje a estivesse a viver e sei que isto acontece porque os momentos verdadeiramente especiais não se esquecem, mas vivemo-los de forma intensa sempre que os lembramos. Eu não sou excepção … vivo-os também e partilho-os porque vejo na partilha precisamente isso – uma forma de os viver intensamente …

Saudade ...
Sim, sintu-a.
Mais no presente
Do que no passado,
Mas sempre Saudade
Desse momento que já não vivo …

Interessa o presente
E dele me construo,
Mas recordo o passado
Que, para mim, não foi perdido …
Muito menos … esquecido!

Vivamos cada momento do presente, mas não pensemos nunca que o passado não mais em nós se reflectirá. Esses serão os momentos de saudade que teremos e sem eles … a credito que parte desse intenso presente não será aproveitado … sejamos fieis e seguidores da palavra … é bom ter saudades … de algo muito bom que já vivemos … tenha sido amor … amizade ... partilha … ou simplesmente um momento muito especial … saudade é algo abstracto que não temos concretamente mas, que de uma forma ou outra acabamos por possuir sempre muito intensamente ou se preferirem profundamente … claro, sempre que recordamos … podem-nos tirar ou levar algo que no contacto directo e concreto nos pode ser necessário mas, de certo, não nos tirarão a saudade, a possibilidade de a poder sentir …

"As palavras que nunca te direi"...


“As palavras que nunca te direi”… sem dúvida, uma das mais apaixonantes obras que já li até hoje…. Um livro tocante e comovente. Aliás, Sparks consegue alcançar, de maneira singular, a sensibilidade que o leva a escrever o que sente e a sentir o que escreve, (tal como eu), de modo que a narrativa seja uma espécie de flecha certeira que atinge os nossos sentimentos mais profundos. Sparks consegue fazer emergir em nós mesmos o amor, o nosso principal sentimento, com uma simplicidade cativante. “As palavras que nunca te direi” é, sem dúvida, uma das maiores e máximas reflexões de amor já existentes em todo o mundo.
Resumidamente, esta obra conta a história de um viúvo – Garret e a de uma mulher recém divorciada – Theresa. Certo dia, enquanto corria pela praia, Theresa encontra uma garrafa fechada. No seu interior estava uma mensagem de sonho que a emocionou profundamente como nunca o tinha sido até então. Era uma espécie de carta que Garret escrevera para a sua amada já falecida – Catherine. Garret nunca a esquecera e não se conformara com a sua morte. Depois de ler a mensagem, Theresa decide procurar Garret. Ambos acabam por viver uma bela história de amor que poderia ter sido ainda mais bela caso Garret não continuasse preso aos sentimentos nutridos por Catherine … uma obra marcada pelos encontros e desencontros constantes da vida e pela tristeza e dor marcadamente presentes em Garret após a separação da sua alma gémea.
Pensei muito nesta linda lição de amor e recordo constantemente as questões que a mim mesma coloquei quando li a obra. Será que só amamos uma vez na vida? Será que temos uma nova oportunidade para amar? Quem já viveu um amor muito intenso é capaz de amar novamente, da mesma maneira, uma outra pessoa? Um amor anula o outro? … No mesmo sentido, reflecti também sobre pensamentos como o que de seguida apresento: não sei o que é pior … passar a vida à “procura” de alguém e jamais o encontrar, ou encontrar esse alguém e depois “perdê-lo”. Hoje aprendi que a vida não pára. Como diz um ditado que uma vez escutei alguém dizer: " Não é por morrer uma andorinha que acaba a Primavera!". Em vez de baixarmos os braços face aos momentos menos bons da vida, devemos aprender com eles tornando-nos mais fortes, sem medo do desconhecido!... "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...". Isto surge-me quase como hino. … com isto, cabe-me concluir esta reflexão apelando ao amor presente…Amem Hoje…

sexta-feira, 21 de julho de 2006

O fruto do amor...


Em tempos via na televisão um debate sobre as consequências da separação de casais quando no meio existem frutos do amor que entre eles reinou, e digo “reinou” porque se exigem a separação essa reinação, de certo, já não existe. Recordo que na altura era notória uma basta referência e até mesmo tratamento deste assunto. Prometi a mim mesma escrever sobre tal e hoje aqui estou para apresentar e expor a visão que tenho do assunto que referi e que a meu ver se mostra bastante sensível, e de certo, não o será só para mim.
Quando marido e mulher pensam colocar um fim na sua relação não devem pensar apenas neles, se bem que, a meu ver, em grande parte dos casos é precisamente isto que acontece. No caso de terem filhos devem mostrar-se atentos a tudo aquilo que se poderá gerar para eles, após a separação. Afinal os filhos são a magia da existência… o fruto colhido na árvore do amor… o carinho que traz felicidade… o mundo que queríamos ver melhor… o tesouro encontrado no mar dos desejos… a dor que dói… a alegria que contagia… a seiva que circula pelas veias da ternura… a jóia que brilha no espaço de um sorriso… o ar puro que a seu lado respiramos… o espelho que contempla o dia a dia… a luz que alumia o olhar… a melodia no compasso de uma canção… a madrugada que nos beija silenciosamente… a semente que prolonga a vida… o futuro que alimenta a esperança… a ansiedade que inquieta cada minuto… a estrela que guia pelo sol da primavera… a estrada que conduz ao destino sonhado… eles são os filhos, o amor do amor e o amor da vida.
Existem muitos temas que, partindo deste, teriam de ser bem analisados e abordados atentamente… muito haveria ainda para escrever neste texto, mas preferi dar prioridade ao que aqui tratei. Quem sabe um dia possa e tenha a possibilidade de escrever acerca das descendências do mesmo.
Pensemos bem antes de uma possível separação afinal o fruto do amor também sofrerá, e será muito, a meu ver, o mais sofredor… reflictam sobre a sensibilidade deste assunto que muitos comentários tem recebido, em toda a parte, em todo o mundo… e ao qual eu não sei ser indiferente.

quinta-feira, 20 de julho de 2006


Tudo o que eu te dou...tu me dás a mim…


Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
às vezes, fraco assim é o coração
eu não sei, que mais te posso dar
um dia jóias; noutro dia o luar,
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser.

Foram tantas as noites
sem dormir,
tantos quartos de hotel
amar é partir...
promessas perdidas
escritas no ar
e logo ali eu sei...

Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu te dou

Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena
fazes aqueles truques que, aprendeste no cinema
Mais! peço-te eu, já me sinto a viajar
pára, recomeça e faz-me acreditar

Não, dizes tu, e o teu olhar mentiu,
enrolados pelo chão no abraço que se viu
é madrugada ou é alucinação,
estrelas de mil cores, extasy ou paixão
hum, esse odor, traz tanta saudade
mata-me de amor, dá-me liberdadede
ixa-me voar, cantar e adormecer

Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu te dou



Sempre que escuto esta canção, debruço-me sobre o sentido da vida. Talvez seja a acção recíproca que se estende no verso principal da canção: “Tudo o que eu te dou, tu me dás a mim...”. É assim que funciona, ou pelo menos, devia funcionar. Não pode ser de um outro modo. Se não for desta forma, o amor será sempre dor e a amizade inexistente. Tudo se gera num constante dar e receber. Mas esta troca não tem de ser equitativa: podemos dar uma prenda cara e receber em troca um sorriso que, para quem ama, pode valer mais que mil tesouros. Às vezes basta apenas darmos um pouco do nosso tempo e em troca recebermos atenção. Não interessa o que se dá e o que se recebe o que importante é que o gesto seja feito com o coração.

quarta-feira, 19 de julho de 2006

É noite e eu sem ti...

É noite,
Estou aqui
Sozinha no meu quarto,
Dou voltas e mais voltas
Não sei o que mais fazer.
Parece que vou ficar louca...

Estas noites sem ti,
Deixam-me completamente assim,
Já não sei mais que fazer
Quero ter-te aqui...
Mas tal momento não acontece…

Imagino
Isso posso fazê-lo…
Nossos corpos colados,
E nós amando-nos…
Na calada da noite…

Espero por ti,
Dia-após-dia,
No sofrimento, na angústia
Deste nosso amor,
E ansiando
O acontecer deste momento…

Abro a janela do meu quarto,
Iluminada pelo Luar,
Olho lá para o alto…
Vejo a lua,
Sinto um vento quente
A bater no meu rosto…
Vento que me invade o corpo…
Sinto-me beijada por ti,
Abraço-o como te abraçaria a ti…

Suspiro!
Fecho a Janela do meu quarto…
Vou para a cama,
Por entre voltas e mais voltas,
Acabo por adormecer…
Sempre a lutar por um sonho…
- O de ter-te aqui a meu lado…

terça-feira, 18 de julho de 2006

Noite de luar…


Momentos de silêncio,
Que em luar se preservam,
Apreciados no longe e no perto,
Serão dignos da pureza que os cercam…

Encontro-me aqui,
Talvez longe de tal pureza,
Mas não o suficiente,
E, exigindo destreza,
Procuro, sem cessar,
Os encantos
Que esta noite me pode dar…

Imagino-te a aqui,
Pousado a meu lado,
E olhando as estrelas
Vagueiam dois olhares selados…

As estrelas brilham,
Na agitação das águas do mar,
E encostada a ti
Encontro-me a pensar…

Penso, penso e penso
E de pensar, não estou cansada,
O tempo parece não passar,
E é já madrugada…

Bem perto de mim,
Para sempre te quero ter,
E no ontem, hoje e amanhã,
Já mais te irei esquecer!

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Mais do que uma simples palavra…



Aqui estou eu, mais uma vez,… desta, para “divagar” sobre a palavra mais bela do “nosso” Mundo, (pelo menos do meu) … não, não me refiro ao Amor. Para mim, a mais bela e que consta do dicionário é aquela que se refere à base de todos os Sentimentos que todo o Ser Humano pode ter. Sim, claro que é a Amizade, pelo menos para mim é-o.
Sei que muitas pessoas preferem valorizar a palavra Amor e até a consideram a mais bela, mas para mim não, para mim, de nada me vale ter o Amor se antes não tenho a Amizade do mesmo. Aliás, grande parte das pessoas que conheço preferem valorizar o Amor. Ainda bem que não todas.
Eu já tive algumas lições de vida e se há algo que delas retirei foi precisamente o facto de precisar de ter a Amizade antes de ter o Amor vindos da mesma pessoa. Sei que são sentimentos diferentes e saber separá-los em momentos distintos é também importante. Não sou pessoa de Amar quem não é meu Amigo.
Amigo… bela palavra esta, não é? Pois, mas sei que é difícil defini-la. Aliás, não considero sequer a existência de uma definição universal e se a há, essa não deve ser assim tão valorizada, pois o subjectivo e a opinião são mais fortes, pelo menos neste caso, do que qualquer lei universal… e realço, pelo menos neste caso, o que não quer dizer que seja assim em tudo.
Cada caso é um caso específico e a generalização destes não se aplica, ou pelo menos, não se deveria fazê-lo. E porque, para mim, Amigo é muito e muito mais do que uma simples palavra, não o desprezo, mas sim valorizo… e muito. Ele é Tudo… é… Alma… paz… ternura… carinho… saudade… choro… partilha… confiança… sentimento… e quem me conhece verdadeiramente sabe que esta minha lista de palavras que, por mais bonitas ou feias que sejam, nunca mais terminaria. E porque o Verdadeiro Amigo é muito mais do que tudo isto torna-se inútil e até mesmo fútil comparara-lo a certos ou determinados termos que hoje em dia demonstram dominar as atenções menos dominantes deste Mundo. Exemplos? … há muitos, mas a meu ver, o Dinheiro é o mais notável, ou não houvesse tanta luta pelo mesmo. É injusto, pois é, mas este é o nosso Mundo – o Mundo da reinação injusta e desculpem o termo… estúpida.
E agora pergunto… como pode uma palavra tão bela e inigualável como Amizade estar tão presente neste mesmo Mundo? Como é que Seres tão diferentes e que têm idealizações também elas distintas se integram no mesmo meio?
Amigos… este é o nosso Sempre Inútil Mundo… aquele que muitas vezes eu preferia não conhecer…
Penso importante, se não mesmo indispensável, reflectir sobre valores como Amizade, Amor, entre outros… mas sempre tendo como ponto de partida o sentimento, pois é precisamente esta capacidade de podermos sentir que nos permite referir ou até mesmo “divagar” sobre estes belos termos…

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Urgentemente



É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor,
é urgente permanecer.


Este poema é, para mim, a vida do irreal de ontem, de hoje e do sempre eterno amanha, apenas porque o próprio HOMEM não o quer… lamento e este parece também ser o sentimento do nosso saudoso e inigualável Eugénio de Andrade que tão bem lembro dos estudos da poesia das aulas de português do meu 12º ano (recordo com muita saudade). Mas enfim…
Deixemos de parte certos impulsos que nos levam a praticar as injustiças de que o mundo está “carregado” e saturado e optemos por AMAR…”é urgente o amor”… “um barco no mar”… é urgente e extremamente preciso destruir as tais injustiças de que falo… “É urgente destruir certas palavras”… colocar de parte ou abandonar por completo sentimentos de “ódio e solidão” e actos de “crueldade e lamentação”… esta prática a nada de bom para nós mesmos nos leva… prefiramos firmemente “inventar alegria” e mantê-la entre nós… “multiplicar os beijos, as searas; descobrir rosas e rios e manhãs claras”. Tudo isto é melhor e traz felicidade, dando-nos uma vida quase de sentimento eterno… e, porque tudo nos cai em cima – o silêncio e a luz impura… permaneçamos porque é urgente, muito urgente o AMOR…